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1 de agosto de 2008

Uma molecagem do deusinho Eros (2)

(conclusão>..) Apolo viu Dafné, caiu rendido de amor. Era uma sensação estranha como o deus jamais havia sentido. Todo o seu ser desejava a ninfa; estar com ela, fundir-se nela, perder-se em seu corpo. Trocaria todo o seu poder por um minuto de amor com ela. Um dia, encontrando a ninfa em um prado em flor, Apolo revelou a ela o seu sentimento. Ela respondeu com frieza:

- Apolo, muito me honraria o teu sentimento; és jovem e belo mas o amor entre nós é impossível.
- Impossível! Por quê?
- Eu dediquei a minha virgindade à sua irmã Ártemis.
- Isto é loucura, Dafné.
- Loucura, Apolo, é não sufocar os gritos da carne.
- Do amor.
- Não. Da paixão.
- Qual é a diferença?
- Quem está apaixonado é incapaz de amar.

Quanto mais a ninfa falava da impossibilidade de seu amor, mais a paixão incediava o peito de Apolo, que mal podia conter sua volúpia. Apolo fitava os olhos verdes de Dafné, a boca cortada, os seios que arfavam e não se conteve mais: abraçou-a. A ninfa desvencilhou-se dele e saiu correndo. Apolo a perseguiu como um sátiro lascivo. Nas margens do rio Peneu, ela caiu exausta e Apolo caiu sobre ela. Dafné desesperada pediu ajuda a seu pai, o deus do rio.
O deus ouviu o apelo de sua filha e, quando Apolo procurava sedento a boca de Dafné e, como os joelhos, tentava afastar-lhe as pernas unidas, sentiu o corpo dela enrijecer e os braços bem torneados tornaram-se em galhos. Em pouco, a bela ninfa havia desaparecido e, no lugar dela, havia uma árvore, o loureiro, que se tornou a árvore de Apolo, o qual muito provavelmente, nunca mais sorriu das pequenas flecha de Eros".
Extraído de "Os Deuses eram assim" de José Carlos Leal. Saludos, Emmanueldo do Jardim Colorado".

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