Como mencionei o nosso preclaro consultor em discordância verbal e versado em vã filosofia Emmanueldo Kant, vamos curtir neste findi uma "fábula fabulosa" - como diria um dos nossos oito mil e 463 gurus, Millor Fernandes - qui ele mandô.Com a palavra nosso Kant das estepes hispânicas da Velha Vila Velha (Es):
- "Oráculo Don Oleari. Dafné foi o primeiro grande amor de Apolo. Este amor, entretanto, não nasceu naturalmente. Foi fruto de uma peraltice de Eros, o deusinho do amor, o buliçoso filho de Afrodite. Tudo aconteceu do seguinte modo: Apolo andava muito orgulhoso por haver matado a temível serpente Pithon que havia nascido da lama do dilúvio, quando, em um bosque florido, sob um pessegueiro em flor, encontrou o pequeno Eros que brincava, meio distraído, com suas flechas. Apolo parou e o ridicularizou:
- Hei, menininho! Que fazes com essas flechinhas de nada?
- Não são flechinhas de nada. Responde Eros mal humorado.
- Claro que são! Para que servem, a não ser para brincar de criança?
- Apolo, acho que cometes um grande engano.
- Engano? Compara as tuas flechas com as minhas. Essas tuas flechinhas não matam nem mesmo um passarinho; as minhas, porém, já mataram gigantescas serpentes.
- Apolo, as aparências enganam.
- Deixe de bobagem, menino.
- Tu hás de ver, Apolo. Tuas flechas podem matar serpentes, mas as minhas podem te ferir.
Apolo saiu rindo e Eros o perseguiu oculto. Junto do monte Parnaso, o filho de Afrodite tirou duas de suas flechas: uma capaz de provocar o amor e outra que repele este tipo de sentimento. Com a primeira, ele feriu Apolo no coração e com a segunda feriu Dafné, a ninfa, filha de Peneu, o deus do rio (continua).
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