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14 de abril de 2011

Legislativo do Rio de Janeiro,
central de crimes e lar de bandidos

Texto de Arthurius Maximus, do blog
Nota do Oleari - "Psicografado" e reproduzido pelo BDO em homenagem ao trabalho de um jornalista que trabalha com a realidade e o dia a dia da grande cidade. Daí do tracim até lá embaixo o texto é de Arthurius Maximus.

- "Que o brasileiro não vota com responsabilidade e com civismo não é segredo para ninguém. Eu mesmo canso de falar aqui da importância de compreender o nosso verdadeiro papel nas mazelas, maracutaias e outras “safardagens” que acontecem na política nacional.

A impunidade, o Judiciário lento e desinteressado, a cultura da carteirada e a famosa “Lei de Gérson”; imperam em nosso país e corroem todo o tecido social. Criando uma massa de pessoas alienadas ou que simplesmente não se importam com o que acontece a sua volta, esboçando reações inúteis e fúteis apenas quando alguma coisa interfere em seus mundinhos egoístas e miseráveis.

A coisa chegou a um tal nível que fica difícil pensar que, algum dia, nosso país poderá erguer o rosto da lama e rumar para o futuro que merece; oferecendo justiça social e oportunidades iguais para todos.

Aqui no Rio de Janeiro a coisa atingiu tal nível de degeneração que me preocupa o fato de a própria imprensa parecer ignorar os rumos tortuosos que as administrações municipal e estadual tomaram.

A Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro se transformou num escritório do crime em que milicianos mandam e desmandam. Alterações absurdas no regimento interno premiam vereadores presos com salários integrais e toda a manutenção de seu staff, mesmo no caso do vereador ficar preso durante todo o seu mandato e ter sido condenado por qualquer crime.

Nesta quarta-feira última (13/04), mais um vereador foi preso por chefiar um grupo miliciano diretamente de seu gabinete na Câmara Municipal. Além disso, o vereador Deco já vinha sendo investigado por participar de um plano para eliminar a atual chefe de polícia do RJ, Delegada Marta Rocha, na época em que ela era titular da Delegacia de Campinho (28ª DP) que investigava crimes cometidos pelo seu bando. O patrimônio de Deco evoluiu mais de 479% na sua primeira legislatura e, misteriosamente desceu a zero (isso mesmo; zero) neste último mandato. Isso é que é azar nos negócios (Fonte: Tansparência.Brasil).


O detalhe é que, ao ser preso, Deco estava confortavelmente instalado numa casa triplex com circuito de TV e cerca eletrificada, no Pechincha, em Jacarepaguá.

No imóvel, os policiais também encontraram uma Pajero.

A Assembléia Legislativa (Deputados Estaduais) é um caso a parte nessa história. Condenações, expulsões, prisões, suplente suspeito de mandar eliminar titular, negociatas e todo tipo de tramóias. A coisa ficou tão pesada que uma das deputadas – Cidinha Campos – ganhou destaque na Internet ao chamar com todas as letras alguns dos seus colegas deputados de ladrões e passar a maior descompostura nos sujeitos e em outros colegas que riam dela (veja os vídeos aqui, aqui e aqui).

O resultado do descaso dos eleitores na escolha dos políticos municipais e estaduais vem se refletindo no colapso da rede de saúde e nos problemas de segurança gravíssimos que vivemos; ignorados como se fossem “coisas normais de toda cidade grande” ou com sua solução entregue apenas a panacéia das UPP’s e das UPA’s – estas últimas já se transformaram em verdadeiros abatedouros de pobres. Basta dizer que nosso estado era referência nacional em transplantes de órgãos e a cidade do Rio de Janeiro era a ponta de lança em matéria de transplantes e tecnologia médica. Hoje, se você precisa de um transplante e mora no Rio; terá sorte se não morrer numa fila que nunca anda ou se conseguir fazer a cirurgia em outro estado.

As pessoas parecem se recusar a entender que é na política que reside a chave para viver bem ou mal; ter um hospital de ponta, com atendimento humano e eficiente ou abatedouros operando com negligência sistemática e criminosa; uma escola de qualidade e oportunidades iguais para todos ou pardieiros que fingem ensinar e jogam milhões de analfabetos funcionais no mercado para serem mantidos na ignorância e na dependência do assistencialismo de grupos políticos para sempre.

Alguns tentam minimizar a culpa do eleitorado atribuindo ao medo de represálias a votação maciça que esses bandidos conseguem. Mas, é sempre bom lembrar, ninguém está ao seu lado na cabine de votação. Ninguém tem condições de saber qual foi o seu voto (nem você mesmo) depois que ele é registrado na urna. Não há forma de ninguém saber em quem você votou a não ser que você diga. Logo, o medo é apenas uma desculpa para a covardia e para o conformismo.

Portanto, se você acha um absurdo os vereadores e deputados ganharem mais de 60% de aumento, poderem continuar recebendo altos salários e todas as verbas do gabinete, mesmo estando atrás das grades; não se preocupe: É tudo culpa sua.

Pense nisso.

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