Visite o site Don Oleari Ponto Com!

Seguidores

27 de abril de 2011

"Coisa de Doido" -
por Uchôa de Mendonça (*)

O problema da sociedade brasileira não é a pobreza, mas a burrice.


O grande problema de ponderável parcela (93%) da sociedade brasileira não é a pobreza, mas a burrice. É impressionante a falência de bom senso, equilíbrio, decência, por parte de nossos homens públicos, que deveriam ser as pessoas mais equilibradas, mais capazes ou, vamos dizer, com maior responsabilidade e decência, exemplares.

Faz pouco, um maluco, esquizofrênico mesmo, matou a tiros uma dúzia de crianças numa escola do Rio de Janeiro. Por felicidade o idiota suicidou-se, ou foi morto, não importa a forma como morreu, o certo é que ficamos livres de tal maldito, embora sob o peso da morte de 12 inocentes crianças.


No rastro do sepultamento dos jovens, o caduco senador José Sarney, do alto de suas tamancas, falou da necessidade de um novo plebiscito para proibir a fabricação de armas no Brasil, sua comercialização e tudo mais que se relaciona a andar armado.


A proposta do Sr. Sarney fez com que todos setores caíssem de pau sobre sua cuca, criticando-o de forma farta, pela inconsequência da proposta, quando a violência no Brasil e no mundo está ligada à falta de educação da sociedade, como nosso caso brasileiro e de outros países que, também, não possuem leis à altura, para punir com severidade os que matam que, à falta de flagrante, ficam impunes ou soltos, até o julgamento, para matar mais. Geralmente, nunca vão para a cadeia.


Tem muita gente boa, mas tem muito maluco nas nossas casas legislativas. Num projeto de autoria da senadora Maria do Carmo Alves (DEM-SE), aprovado pela Comissão de Assuntos Sociais do Senado, os motéis ficarão obrigados a fornecer, gratuitamente, preservativos masculinos e femininos a seus freqüentadores, acompanhados de panfletos educativos sobre doenças sexualmente transmissíveis.


Com uma emenda do senador Lindberg Faria (PT-RJ), estendeu a obrigatoriedade para hotéis, pousadas e pensões. Após aprovação, sendo sancionada a lei, os estabelecimentos ficarão obrigados a adotar as determinações em 180 dias.


O relator da matéria no Senado, Mozarildo Cavalcanti (PTB-PR), ressaltou que o impacto financeiro para os estabelecimentos é desprezível, o valor unitário do preservativo é de R$ 0,20 (vinte centavos) a unidade.


O negócio não é o valor, é o esbulho do direito, interfere na organização prestadora de serviço de hotelaria. Como tudo no Brasil gira em torno de multa, amanhã, um desses criadores de problemas vai dizer que não encontrou o preservativo à disposição no quarto e vai querer processar o estabelecimento por não ter podido fazer suas relações sexuais, pedindo uma fortuna por danos morais e outras aventuras na arte de pedir indenização que rolam por aí e que a Justiça, às vezes arbitrária e injustiça, vai concedendo.

É a velha história de legislar sob a ótica do mirar a bunda alheia, sem um mínimo de respeito pelo que sejam direitos e obrigações de quem monta um negócio para prestação de serviço e, depois, aparecem os legisladores notoriamente demagogos, para querer, a seu modo, se meter onde não foi chamado.

Em Vila Velha, ES, um vereador apresentou projeto de lei, aprovado por unanimidade, proibindo passageiros andarem em pé nos ônibus da cidade. Se a moda pega...
 
Uchôa de Mendonça é jornalista e Diretor do SESC/ES.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Arquivo do Blog