"Uma Noite em 1967" (*)
30/08/2010 - 00h00 (Outros - A Gazeta)
Gustavo Chelujelcheluje@redegazeta.com.br
A noite de 21 de outubro de 1967 foi inesquecível para os amantes da MPB. Em um teatro Paramount (hoje Abril), em São Paulo, lotado, o público, entre aplausos e vaias, assistia à confirmação do talento de nomes como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Edu Lobo, Roberto Carlos, Os Mutantes e Chico Buarque. Em início de carreira, esses artistas foram a principal atração do III Festival de Música Popular Brasileira, evento que serve de matéria-prima para o documentário “Uma Noite em 67”, de Renato Terra e Ricardo Calil, em cartaz no Estado.
Exibido na TV pela Rede Record, o encontro foi considerado o ápice da época de ouro dos festivais de música no Brasil, muito comuns nas décadas de 1960 e 1970. A competição também serviu de plataforma para manifestações políticas, tanto dos artistas quanto da plateia – também protagonistas dessa história –, em busca da liberdade de expressão quase extinta durante a ditadura militar.
Codiretor de “Uma Noite em 67”, Renato Terra acredita que o evento foi decisivo para a formação da chamada identidade cultural de “guerrilha”, ou seja: a formação dos grupos que lutariam contra os “porões” da ditadura, em busca de uma maior brasilidade e uma menor “americanização” de nossas manifestações artísticas.
“Naquela noite, foram criadas as bases do movimento Tropicalista, do Teatro de Arena e do Cinema Novo. Músicas como ‘Alegria Alegria’, interpretada por Caetano Veloso em tom de marchinha (como o próprio cantor define a canção no filme), e ‘Domingo no Parque’, espécie de capoeira pós-moderna proposta por Gilberto Gil e por Os Mutantes, foram exemplos de coragem”, acredita o realizador.
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(*) O filme está em cartaz no Cine Jardins, Jardim da Penha, zona norte de Vitória/ES.
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