"Doce de Coco", de Penna Filho, nos "Melhores do Ano" do CineSesc/SP

postado por oswaldo oleari,
BDO/Clube da Boa Música

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Como andamos sumidos, perguntei ao manuvéi Penna Filho dadondi é que ele andava. Ele apareceu no ato contanto as aveuturas do seu filme Doce de Coco. Vejam um tiquim aí:

- "Mano,
estou por aqui em Florianópolis, mas até setembro estive circulando por 25 cidades de Santa Catarina exibindo o longa-metragem Doce de Coco em estabelecimentos de ensino, cine-clubes, teatros e outros espaços culturais.

A experiência do circuito foi gratificante porque não é comum termos tempo, espaço e platéia para fazermos nossa salada preferida, que junta cinema, cultura e realidade. É bom poder dizer que nossos filmes tão pobrezinhos não são tão ruins como uns e outros acham e que os filmes escandolosamente dolarizados não são assim tão bons como uns e outros também acham.

O diabo é o circuito nacional, onde entrar na programação das salas é tão dificil quanto acertar na mega. Leva vantagem a produção norte-americana de passagem livre pela grana alta e mídia forte; da produção brasileira, a vantagem fica com os nossos bloquibustis, como diria você, aí na casa dos 8 a 20 milhões(*) e ainda assim
contando com um inacreditável artigo da lei do audiovisual que dá incentivos fiscais para as distribuidoras estrangeiras, incentivo negado às distribuidoras brasileiras.
Resumo da ópera, digo, do filme: do circuito nacional, fora de Santa Catarina, o filme só passou em São Paulo (3 semanas no Belas Artes) e Salvador, numa daquelas salas que chamamos de alternativa, uma espécie de gueto a que a maioria da nossa produção está relegada.

Razoável compensação foi ter sido exibido no projeto Vá ao Cinema da Secretaria estadual de Cultura de SP, passando por 15 cidades, talvez chegue a 20 até o fim do ano. Nesse projeto, os filmes são exibidos gratuitamente - e aí atraem muito público -, cabendo ao produtor um valor fixo.

Nota do Oleari - niquiqui ele bateclava as linhas ai de cima, Penna recebeu um alô que nos deixou a ambos muito felizes. Ele diz aí:

- Rapaz, não é que o CineSesc de Sampa (fica na rua Augusta com outras salas chiques) acaba de me ligar pedindo para exibir Doce de Coco no seu projeto "Melhores do ano"?! Gosto não se discute, nememo?
Abração,
Penna Filho".