Tenho dito, várias vezes, tenho vontade de pegar uns raros políticos decentes do meu Estado, pagar-lhes passagem e estadia, para que visitem a Espanha, numa viagem dirigida, apontando-lhes como se constrói o desenvolvimento econômico e social, pensando no futuro.
às vésperas das eleições retornei de uma viagem de 20 dias pela Espanha. Chegando lá, em Madri, numa linda manhã de setembro, me deparei com um dos mais fantásticos aeroportos da Europa. Um colosso! Desembarcando da aeronave o passageiro se depara com uma escada rolante que o transporta a um grande salão ferroviário, onde passa linhas de metrô, que o conduz a um terminal do aeroviário a uma distância de dez minutos, onde o passageiro é conduzido a outro salão, onde 32 esteiras de vôos internacionais despejam milhares de malas. Um painel indica ao passageiro o número do seu vôo e onde está sua bagagem. Não tem errada.
é preciso conhecer a arquitetura, apreciar o desenvolvimento de um país e ver como a multidão de passageiros se movimenta num dos mais movimentados aeroportos do mundo, fruto do trabalho e da persistência.
Qualquer cidade espanhola, de pequeno porte, com mais de 300 mil habitantes, tem pelo menos umas três garagens subterrâneas, para abrigar milhares de veículos, que surgem dos países fronteiriços.
Incrível, como o sujeito que vem do Brasil, aluga um carro no Aeroporto de Madri, viaja quase cinco mil quilômetros sem tropeçar num guarda para lhe pedir documentos, sem maiores dificuldades de estacionamento, num dos diversos parqueamentos das cidades, onde ninguém aparece tomando conta, para evitar ladrões ou algo semelhante.
As cidades são limpas, os postes das ruas ostentam apenas a iluminação, não existindo, em nenhuma cidade, aquele monte de fio indecente pendurado, de um poste a outro, muitos quase se arrastando na cabeça dos passantes, como ocorre nas cidades brasileiras.
Quando, chegaremos a esse tipo de perfeição? Por que as ruas espanholas são tão limpas, largas e organizadas?
Em Bilbáo mostrei aos amigos que me acompanharam, como uma linha de trem elétrico passa suavemente sobre uma ferrovia onde os trilhos são quase imperceptíveis, no meio da grama, por quilômetros e quilômetros, de linha férrea, para promover o turismo na cidade.
Quando chegamos a Vitória, ou mesmo no Rio de Janeiro, ou São Paulo, tomamos um choque cultural às avessas, uma espécie de coice de mula no meio da cara, diante da nossa triste e ineficiente estrutura aeroviária, para receber gente, milhares e milhares de pessoas, para fazer turismo, trazer dinheiro.
Depois da França, a Espanha é o maior destino de turistas do mundo. é preciso que as cidades estejam arrumadas, organizadas para receber tanta gente importante.
Nos deparamos na Espanha com alguns casos desagradáveis, como o de jovens brasileiros, clandestinos, sem visto de entrada para trabalhar, passando dificuldades, pedindo ajuda para retornar ao Brasil, quando descobrem que somos brasileiros. Essa é a real situação dos nossos patrícios que para ali vão, atraídos às vezes por informações mentirosas, com objetivo de serem explorados sexualmente, como ocorre em qualquer lugar do mundo.
Falamos aqui em União Européia, em Mercado Comum Europeu e, a impressão que se tem é de que as nações européias, em suas divisas, estão cercadas por fortes contingentes militares, policiais de toda natureza. Nada disso está acontecendo. Da Espanha para França passa-se por rodovias maravilhosas, auto-estradas perfeitas, sem um buraco, sem um desnível, perfeitamente sinalizada, vendo-se nas estradas raros sistemas de controle de velocidade, apenas na proximidade dos centros urbanos, onde há um limite de velocidade, nada mais.
Retornando a Vitória, recebemos aquele impacto do coice de mula na cara, por falta de uma estrutura decente para receber visitantes. é lastimável que sejamos tão atrasados. Nossas ruas são de uma pobreza tão grande, com suas redes elétricas arrastando nas nossas cabeças, que dão a exata dimensão da precariedade de conhecimentos dos nossos administradores.
E ainda dizem que somos “um país do futuro”...
(*)Gutman Uchôa de Mendonça é jornalista, empresário, diretor do SESC (Serviço Nacional do Comércio).
Un Uchoa de Mendoza tenia que ser para hablar tan bien de Bilbao (Uchoa, sin duda es una derivacion de Otxoa-Ochoa apellido vasco que significa literalmente "lobo" Otxoa de Mendoza es un apellido de Alava, una de las partes del Pais Vasco).
ResponderExcluirTenia que haber visto España hace 30 años o 40 años. cualquier parecido con la España de hoy es pura coincidiencia. Incluso el Pais Vasco, extremadamente rico para la media española, no tenía ningun parecido con el actual.
Todo ese cambio, del casi el tercer mundo a lo que se ve hoy en día, se ha realizado en apenas 30 años.
Brasil está a punto de dar ese salto y lo puede dar más largo y mas rápido que España o que el Pais Vasco. Porque lo tiene todo para ello, territorio, riqueza, materias primas y una sociedad que está pidiendo a gritos ese cambio.
Solo hay que pensar en el Brasil de hace 20 años y en el de ahora para percatarse de que algo grande está pasando en ese Pais y que, a poco que los ciudadanos quieran, el cambio será revolucionario.
Porque Brasil puede pasar, si quiere, a ser una de las potencias mundiales. Y no es cosa de los políticos, solamente, es respnsabilidad, sobre todo, de las clases medias y ricas, que deben estar dispuestas a colaborar para que el resto de la sociedad salga de la pobreza y la ignorancia. Y para ello deben colaborar con la Sociedad, involucrándose en el cambio y esforzandose para conseguirlo.
Conozco Vitoria y es una ciudad que me recuerda mucho (con todas sus diferencias) al Bilbao de hace 50 años, pero con unas posibilidades inmensamente mayores. Les falta, creo yo, el concepto solidario y de comunidad que existe en la sociedad vasca.
Cuando todos, en especial los más afortunados, entiendan que los que es bueno para los más pobres es bueno para todos, cuando entiendan que la riqueza de unos pocos no puede ser la pobreza de casi todos y que la educación y la lucha contra la pobreza no es un gasto sino una inversion de futuro. Entonces Brasil será la gran potencia que merece ser
Saludos desde el Pais de los Vascos
Luis Javier Perez
Jornalista
Caríssimo colega Luiz Javier Perez. Vou postar sua mensagem na página principal também, como é nossa prática. Lá, comento alguma coisa com o prezado colega. Abração do Oleari.
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